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A arquitetura ideológica de Giuseppe Terragni

A coerência da Arquitetura Racional


Nascido no ano de 1904 em Meda e graduado em Arquitetura no Politécnico de Milão, Giuseppe Terragni foi um dos grandes protagonistas da arquitetura moderna italiana. Participante e idealizador do Grupo 7, lançado pela revista Rassegna Italiana,em dezembro de 1926, o manifesto influenciado pelo movimento moderno que se propagava pela Europa propunha o rebuscamento formal e funcional da arquitetura, fundamentado nos princípios racionalistas. Poucos anos depois, apoiado pela ascensão do regime fascista, o grupo ganha adeptos e se oficializa como MIAR (Movimento Italiano pela Arquitetura Racional). O projeto do edifício Novocomum (1928-1929) representa um dos primeiros exemplos da arquitetura moderna na Itália e o caráter experimentalista do início da carreira de Terragni. Internamente, o edifício de concreto armado não traz avanços significantes no que diz respeito ao funcionalismo – grandes corredores ligam os ambientes e poços centrais resolvem a ventilação interna, como nos edifícios do séc. 19.

Nascido no ano de 1904 em Meda e graduado em Arquitetura no Politécnico de Milão, Giuseppe Terragni foi um dos grandes protagonistas da arquitetura moderna italiana. Participante e idealizador do Grupo 7, lançado pela revista Rassegna Italiana,em dezembro de 1926, o manifesto influenciado pelo movimento moderno que se propagava pela Europa propunha o rebuscamento formal e funcional da arquitetura, fundamentado nos princípios racionalistas. Poucos anos depois, apoiado pela ascensão do regime fascista, o grupo ganha adeptos e se oficializa como MIAR (Movimento Italiano pela Arquitetura Racional). O projeto do edifício Novocomum (1928-1929) representa um dos primeiros exemplos da arquitetura moderna na Itália e o caráter experimentalista do início da carreira de Terragni. Internamente, o edifício de concreto armado não traz avanços significantes no que diz respeito ao funcionalismo – grandes corredores ligam os ambientes e poços centrais resolvem a ventilação interna, como nos edifícios do séc. 19.

A obra mais emblemática do arquiteto, a Casa del Fascio (1932-1936), localizada em Como, foi construída como sede local do partido fascista e nomeada como Casa del Popolo no pós-guerra e atendeu outras funções públicas desde então. Idealizada dentro limites formais de um quadrado perfeito, sua largura é o dobro de sua altura fato que reafirma a lógica como parte determinante de sua arquitetura.

Suas fachadas diferem uma da outra e seus módulos internos são ritmados – ora espaços cheios, ora espaços vazios – e organizam-se em torno de um grande átrio contemplado pela iluminação natural das claraboias.

Elevações Nordeste e Sudoeste, respectivamente

No livro, “Giuseppe Terragni: Transformations, Decompositions, Critiques”, Peter Eisemann analisa diversas obras do arquiteto e segundo ele, o projeto final da Casa del Fascio “simultaneamente reforça estas relações entre arquétipos históricos e fascismo”. Embora o modernismo defendesse a ruptura com o passado, Terragni iniciou seus desenhos a partir da tipologia de um palácio renascentista, fazendo referência aos arquitetos italianos da época como Michelangelo e Palladio em mais uma tentativa dos fascistas de resgatar o passado do país.


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